Boas Vindas


"O sorriso nunca pode ser sarcástico quando o olhar disser que ama e nem o olhar pode estar apaixonado se não se acompanhar de um sorriso franco..."

Sejam bem vindos ao Olhares e Sorrisos. Espero do fundo do coração que vocês gostem dele.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O amor é que faz a diferença




Aconteceu na vida de um grande músico indiano, Tansen. Ele estava na corte do grande Akbar – e ele é incomparável. Uma vez, Akbar lhe perguntou: “Não consigo imaginar que alguém possa superá-lo. Parece que é impossível – você parece ser a última palavra. Mas sempre que penso nisso, uma idéia me vem à mente, que você deve ter sido discípulo de um Mestre que o ensinou, e – quem sabe? – talvez ele o supere. Quem é seu Mestre? Ele está vivo ainda? Se estiver vivo, convide-o para vir à corte”.

Tansen respondeu: “Ele está ainda vivo, mas não pode ser convidado para a corte, porque ele é como um animal selvagem. Você não pode convidá-lo para a corte. Sempre que isso acontece, ele se muda. Ele não é homem da sociedade; é como o vento, ou como as nuvens. Ele não tem raízes na sociedade – é um andarilho sem lar. E, ainda mais, você não pode pedir a ele que cante ou toque, isso não é possível. Quando ele sente, ele canta. Sempre que ele sente, dança. Teremos que ir até ele, esperar e observar”.

Akbar ficou muito encantado, ficou louco pelo que Tansen disse: “E o Mestre dele está vivo – vale a pena ter o trabalho”. “ Aonde que ele esteja”, disse Akbar, “eu irei”. Ele era um faquir errante, e seu nome era Haridas. Tansen enviou mensageiros para investigar aonde ele estava. Foi encontrado perto do rio Jamuna, numa cabana. Akbar e Tansen foram ouvi-lo. Os aldeões disseram: “Perto das três da manhã, bem no meio da noite, às vezes ele canta e dança. Mas, por outro lado, fica sentado em silêncio durante o dia todo”.

Assim, no meio da noite, Akbar e Tansen, escondidos como ladrões atrás da cabana, ficaram esperando – porque se ele viesse a saber, poderia não cantar. Mas, Haridas começou a cantar e depois a dançar. Akbar ficou hipnotizado, não podia proferir uma única palavra, pois nenhuma admiração teria sido suficiente. Ele chorava sem parar, e enquanto voltavam, depois que a canção parou, ele permaneceu silencioso. As lágrimas continuava rolando. Quando chegou ao palácio, ainda nos degraus, ele disse a Tansen: “Eu costumava pensar que ninguém era capaz de superá-lo, costumava pensar que você era o único, mas agora devo dizer que você não é nada, comparado com o seu mestre. Por que tanta diferença?”

Tansen respondeu: “A diferença é simples. Eu canto e toco para ganhar alguma coisa: poder, prestígio, dinheiro, admiração. Minha música ainda é um meio para um outro fim. Eu canto para conseguir alguma coisa, e meu Mestre canta porque ele já conseguiu. Essa é a diferença. Ele canta somente quando ele está plenificado pelo Divino e não pode contê-lo mais, quando transborda, somente então ele canta. Seu canto é o fim em si mesmo. Ele celebra!”.

E essa é a diferença entre o amor real e falso. Um amor real simplesmente celebra: para o amor real não há futuro. Uma oração verdadeira é uma celebração, não um esforço, não um meio para outra coisa. Ele surge e se dissolve em si mesma. Um momento de oração é uma eternidade em si mesmo; e uma pessoa de oração jamais contabiliza. A oração verdadeira não espera recompensa, não espera retribuição, não espera nada. A oração verdadeira não tem um objetivo ou finalidade. A própria oração é a sua finalidade. 


 Comentaram comigo sobre o livro de Osho intitulado “Antes que você morra” encontrei um artigo muito interessante sobre o amor que transcrevo a seguir.

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